A baliza desajeitada

Amanhã começa oficialmente a programação da semana da pátria. Serão 7 dias de desfile, de quarta a terça-feira, além do Festival de Fanfarras. Dada a minha atividade profissional desta vez estou do lado de cá, melhor dizendo na equipe que organiza a festa cívica. Bom isso foi sua uma introdução, para atender ao pedido do amigo Gil num comentário.


O primeiro desfile que me recordo ter participado aconteceu na Avenida Presidente Vargas, há uns 15 anos, quando cursava a alfabetização na Escola São Luiz de Gonzaga que hoje já não existe mais (virou uma empresa de segurança). Lembro de ter caminhado três quarteirões vestida na minha sainha godê azul marinho, blusinha branca três quartos, sapatinho social preto e meinha branca. Foi divertido e um máximo para uma garota de 07 anos.


O tempo passou e no decorrer da vida escolar eu fugi de desfilar no 07 de setembro. Não é novidade que apesar de ser uma pessoa bem comunicativa na atualidade eu era um tatu na adolescência.


A maior parte dos meus estudos cursei na Escola Diocesana São Francisco. Foram seis anos de muitas histórias. No período em que estudei lá, a fanfarra esteve desativada. Em tempos idos a banda do colégio era uma das mais bem conceituadas na cidade chegando a ganhar várias premiações. Dos anos dourados de outrora, ficou apenas uma pilha de instrumentos velhos abandonados ao lado da sala de vídeo. Por vezes quando estávamos por lá sempre dávamos um jeito de observar fascinados aquela relíquia reveladora. Somente muito tempo depois soube que a banda tinha voltado a ativa. Isso significa que nunca marchei pelo SF (ufa!).Mas quis o destino me pregar uma peça...


No último ano do ensino médio, desta vez no Colégio Tapajós-Fit eis que fui praticamente obrigada a ir para a Avenida Tapajós. Como odiava educação física, não vou mentir, nunca fui fã de exercícios físicos, topei a proposta feita pela professora da disciplina. Quem participasse do 7 de Setembro, ganhava metade da nota do bimestre. Aham, aham, aham e lá fui eu. A troca pareceu justa, nada de basquete, vôlei e handeboll se você percorresse menos de 15 minutos com um monte de gente te olhando. Fácil né? Na, na, não. A garotinha aqui foi escolhida para carregar com mais três meninas a bandeira que trazia o símbolo olímpico. Fiquei na ponta, no lado esquerdo.


Sete e meia da manhã, 07 de Setembro de 2004, Avenida Tapajós. Quem vós escreve se concentra junto ao pelotão do colégio próximo a Marinha do Brasil. A essa altura do campeonato você já deve ter começado a rir, mas o pior ainda estava por vir... Dannie Oliveira vestida de colã amarelo, saia e meia branca até o joelho, cabelinho loiro num rabo de cavalo, e batom (algo que eu odiava). Eu queria me enterrar! Na lateral minha mãe sorria, dava tchauzinho e vibrava feliz da vida. Logo atrás meu namorado da época todo cheio de posse de porta-bandeira. Cena perfeita? Só se for pra você. Pra mim foi um dos maiores micos da minha vida, perdendo somente para o fato de ter dançado música eletrônica no desfile de miss caipira na festa junina (sem comentários).


Perdoem-me os que gostam de desfilar...eu nunca fui fã, nunca gostei.


Foto: Daniela Paim
Pronto Gil gostou? Rsrs. E você que tá lendo o que me conta sobre o 7 de Setembro?

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