Campo


Quando era menina dizia que ia trabalhar o suficiente para comprar uma casa no campo. Compraria umas vaquinhas, umas galinhas, uns cabritinhos, uns porquinhos uns cavalos e um cachorro. Poderia arranjar um gato também, mas talvez ele comesse os passarinhos que viriam cantar na minha janela e isso não ia dar certo.

Acordaria as 06h30, para varrer o ‘terreiro’ e apanhar as frutas no pomar, na companhia de Freud (o cachorro). Depois iria para o curral tirar o leite da Margarida, Josefina e Florentina (as vacas) para fazer doce. Passaria no galinheiro e pegaria alguns ovos.

Em casa tomaria um café fresquinho, daquele torrado na hora, com um pão caseiro quentinho saído do forno. O sol logo inundaria a cozinha e ao tocar os objetos sobre a mesa provocaria no chão uma infinidade de sombras e cores.

Saciada, eu iria para o igarapé lavar roupa com sabão em barra e depois tomar banho. Voltaria no final da manhã, já passando pela horta para recolher os legumes para o cozido do almoço.

Aproveitaria a ventilada varanda e o ar fresco para descansar na hora da sesta. No meio da tarde leria um livro, talvez alguma obra clássica ou romance. Faria um lanche com as frutas colhidas pela manhã e no início da noite um omelete com os ovos do galinheiro.

A vida seguiria tranquilamente...


... mas hoje ...

Eu durmo que nem uma pedra. Não sei ordenar vacas. Morro de medo de galinha. Não sei fazer pão. Só lavo roupa na máquina e não sei nadar.

Comentários

  1. Pense numa criatura engraçada essa Blogueira....Esse texto me fez rir muito !! Bom demais da conta !

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  2. Anônimo29.7.09

    Dannie, ja te falei e repito de novo seu textos são Show de Bola!!!!

    João Gabriel

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