Papel

Não sei não, mas do jeito que andam as coisas pelo mundo jornalístico temo que quando me formar no final do ano meu diploma seja só mais um pedaço de papel.
Pelo que andei pesquisando se cair a obrigatoriedade do diploma de jornalista para atuar na área de notícias, tudo indica que quem é formado em jornalismo, de certa forma será desvalorizado, já que qualquer um poderá atuar no ramo e se declarar jornalista.
Faculdade não prepara totalmente para a realidade, isso eu sei.
Jornalista é criado no dia-a-dia, nas circunstâncias.
Sou a favor do equilíbrio e respeito a idéia de que para falar de economia, nada melhor do que um economista.
Não sou contra a entrada de outros profissionais nos meios de comunicação. Avalio que cada caso é um caso e existem suas exceções.
Discordo da generalização.
Não estou defendendo o jornalismo com unhas e dentes só que levo em consideração a premissa de que assim como existem modelos, normas e regras que regem as demais áreas, na comunicação também não pode haver baderna.
Quanto aos maus jornalistas... Até mesmo da faculdade de medicina saem médicos ruins.
Ética e comprometimento vai de cada um.
Espero não ter perdido 4 anos...

Comentários

  1. Concordo com vc, Dannie. Nós, administradores, sofremos desse mesmo problema. O CRA rebate e rejeita firmemente essa cultura de desvalorização, e tenta mudar a situação, mas não é nada fácil . Todo mundo quer empreender e gerir empresas sem formação específica na área. Dá a impressão que a arte de administrar é a das mais fáceis de se fazer, e qualquer um pode "encarar". É uma das áreas mais complexas, isso sim, tal como a de Jornalismo. Tanto mais se considerarmos que vocês têm uma "rejeição" imensa por parte da população - fruto da falta de ética e compromisso de grande parte dos profissionais - que "suja" a classe como um todo, situação semelhante à dos Contadores e Advogados. Se não forem bem formados aí é que a coisa "vai para o brejo". Seria bem mais adequado a exigência do diploma (por parte dos sindicatos e envolvidos ), até pra tentar fazer do exercício da profissão de Jornalista um meio de tornar o mundo um pouquinho melhor. É isso que o mundo espera de todos nós. Não somente a técnica, o repetir contínuo, cotidiano e maçante; mas um novo olhar, uma nova visão acerca dos problemas e conflitos -humanos, sociais e ambientais. Isso dignifica e dá sentido à uma atividade plena e saudável.

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