Laçando o ventilador (ou que não tem ... improvisa)

Desde o final de semana que durmo mal. Meu ventilador depois de anos decidiu conversar comigo durante a noite. Era um rê,rê,rê, rê que não acabava mais e como não sou mecânica e sim jornalista não soube precisar o que era, só sei dizer que não deu para dormir.

E sem ventilador ninguém dorme em Santarém (pelo menos eu não consigo).

Sentei na beira da cama e mesmo morrendo de sono tive que pensar numa alternativa.

Acabei lembrando do ventilador da sala.

Troquei o falador pelo o que estava funcionando.

Na primeira noite deu pra dormir, mas no dia seguinte, acho que desacostumado há trabalhar tantas horas o aparelho se rebelou.

A mesinha em que ele estava balançava, balançava que eu já tava vendo a hora do ventilador sai andando pelo quarto.

Resultado lá fui eu de novo pensar numa nova alternativa.

E numa sacada acabei me recordando de um ventilador que estava abandonado no quartinho de entulhos lá de casa. Com cuidado acendi a luz e o encontrei encostado numa parede, era bem mais novo do que os outros ventiladores e aparentemente estava perfeito (e eu perdendo tempo com os outros dois).

Levei o ‘grandão’(esse era bem maior que os outros) para o meu quarto, coloquei ele na mesinha e liguei-o na tomada. O barulho que ele fez foi horrível num ato de desespero e susto puxei o bicho da tomada.

Analisando o aparelho melhor, vi que a parte de plástico, a grade, estava solta e como não tinha nenhuma chave de fenda e já era quase meia-noite, lá fui eu tentar uma gambiarra.

Precisava de um fio para prender a grade e na ausência de um barbante adivinha o que foi o improviso? O cadarço do meu all star, foi a única coisa que me deparei que poderia contornar aquela situação.

Com destreza tentei colocar o cadarço pela grade, mas meus dedinhos não são tão fininhos e não passaram, acabei engatando o cordão na ponta de uma tesoura e consegui.


Puxei o cadarço o máximo que pude e amarrei por trás da cabeça do ventilador (e ventilador tem cabeça?).

Pronto estava tudo resolvido, agora é só ligar e dormir.

Ouvi um barulho ainda pior, desliguei o ventilador às pressas. Como o aparelho estava programado para girar e o cadarço estava prendendo os movimentos, ele começou a sacudir, sacudir parecia que ia se desmontar todinho.

Procurei o bilotinho, o que a gente sobe para parar o ventilador.

Encontrei.


Encontrei ele pendurado com uma fita durex na lateral do aparelho.

‘Oh, Jesus!!! É hoje que eu não durmo’

Peguei a tesoura e com jeitinho consegui mudar a função e o ventilador parou.

Cruzei os dedos e liguei de novo na tomada.

Dessa vez nada de rê,rê,rê, de mesinha balançando e nem de barulhos estranhos.

Apaguei a luz e fui dormir.


P.S: Diante da situação atrapalhada a mamãe decidiu comprar um ventilador novo.

Comentários

  1. Não dizem que os cães acabam ficando parecidos, fisicamente e no comportamento, com seus donos? Acho que aconteceu o mesmo com seu ventilador:ele "incorporou" o jeito Dannie de ser . Ficou inquieto/dançante/com mil planos na cabeça (ventilador tem cabeça?) pra mudar o mundo. Ou talvez apenas de lugar? Vai ver ele cansou de ficar sempe no mesmo cantinho/na mesma mesinha; queria correr chão, dessa vez, ele pegar vento no rosto, sentir a brisa do mar ; pra chamar atenção fez todo esse estardalhaço, até dançou e falou. Aposto que a trilha sonora era do Legião Urbana... rsrs.

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  2. Anônimo10.9.08

    depois dessa batalha se sua mãe não te desse um ventilador eu mesmo te dava , fiquei comovido com seu esforço e com a surra que vc tomou do ventilador, se vc acha que ninguém em Santarém dorme sem ventilador ta aqui uma excessão, não sinto falta nenhuma nem de ventilador nem de ar condicionado, não me pergunte por que, apenas não sinto falta, muito menos calor a noite.

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